A dívida externa é atualmente um dos assuntos mais discutidos pelos governantes dos maiores países ao redor do mundo e vem gerando uma grande preocupação para alguns deles.
Mas o que é essa dívida externa, no que ela influencia e como essa dívida é adquirida? Neste artigo, iremos falar um pouco mais sobre esse assunto e descobriremos o porquê desse assunto ser tão importante para os governantes de um país. Boa leitura!
O que é uma dívida externa?
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A dívida externa é o somatório de todas as dívidas externas de um país, essa dívida é causada, por exemplo, por empréstimos e financiamentos bancários, bem como débitos empresariais de estatais ou empresas privadas.

Geralmente, as maiores dívidas externas dos países ao redor do mundo estão relacionadas ao Fundo Monetário Internacional ou Banco Mundial, organizações internacionais a qual a maioria dos países recorre quando passam por dificuldades financeiras.
Como a dívida externa é adquirida?
A dívida externa é calculada em dólar e adquirida através de empréstimos e financiamentos adquiridos pelo próprio Governo. Esses empréstimos são geralmente solicitados quando o país passa por alguma crise econômica ou precisa de investimentos para realizar algum projeto.
Esses financiamentos são solicitados geralmente a bancos estrangeiros, como o Banco Mundial, o FMI (Fundo Monetário Internacional) ou alguma outra instituição privada.
Quais os países com maior dívida externa?
A maioria dos países possui dívida externa, porém, alguns países conseguem mantê-la sob controle. Já alguns países passam por situações muito complicadas em relação à dívida externa, como é o caso da Argentina, que passa por uma grande crise econômica atualmente.
Atualmente, os países com a maior dívida externa no mundo, se considerarmos a porcentagem comprometida de seu Produto Interno Bruto, são:
- Japão (237,97% do seu PIB);
- Grécia (181% do PIB);
- Eritreia (174% do PIB).
No entanto, em termos de valores, os países com maior dívida são os Estados Unidos, devendo cerca de U$$30 trilhões e China, que acumula uma dívida em torno dos U$$51 trilhões.
O que acontece se um país não pagar sua dívida externa?
Quando um país não consegue pagar a dívida externa, ele geralmente declara moratória, ou seja, ele declara que não conseguirá pagar aquela dívida. Para evitar isso, várias agências calculam o risco calote de cada país, medindo os riscos financeiros destes.
Porém, caso o país não consiga pagar mais a sua dívida, a situação fiscal do país pode entrar em colapso. Isso se dá, porque o governo passa a cobrar mais impostos da população, aumenta os juros e imprime mais dinheiro, gerando assim uma alta na inflação.

Quando isso acontece, o poder de compra da moeda local passa por uma grande desvalorização, já que a dívida é calculada em dólar e, com o aumento da inflação, o poder de compra da moeda em relação ao dólar decai, gerando assim um aumento alto da dívida externa.
Com isso, o país pode passar por graves consequências no campo econômico, pois passa a ser visto como um país sem credibilidade econômica. Isso faz com que os demais países percam a confiança naquele devedor, diminuindo assim os investimentos externos e gerando uma queda ainda maior da moeda local, o que leva a situações de fome, desemprego e alta inflação.
Existe alguma maneira de reduzir a dívida externa de um país?
Para conseguir reduzir a dívida externa, primeiro é necessário que o governo do país consiga arrecadar mais fundos do que gasta, isso pode ser feito através de uma reestruturação econômica, mas é muito importante agir com cautela ao fazer isso, já que a arrecadação reflete diretamente nos preços e impostos pagos pela população, que pode não ver com bons olhos algumas mudanças.
O governo também pode tentar negociar a dívida com os seus credores, para conseguir melhores condições de pagamento destas, ou até mesmo para diminuir gradativamente o valor do débito.
A dívida externa é um assunto que deve ser tratado com toda seriedade pelos governantes, já que impactam diretamente a vida do povo e o desenvolvimento de sua nação.